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A Teologia da Libertação e seus perigos

Atualizado: 30 de mar.

A teologia da libertação é uma corrente de pensamento que busca a libertação social dos pobres e outros grupos supostamente oprimidos pela sociedade.



Origem


A primeira descoberta da infiltração desse movimento em meios religiosos partiu de um rabino americano. No livro To Eliminate The Opiate, dividido em 2 volumes, o rabino Marvin Antelman afirma que tudo começou após a Revolução Francesa. Os revolucionários franceses jacobinos buscaram eliminar as religiões tradicionais através da violência. No século XIX, os revolucionários tiveram sucesso na conquista de alguns segmentos de judeus e protestantes, partindo em direção ao catolicismo. Nesse período, surge o modernismo, um grupo de católicos que aderiram a "teoria crítica". A teoria crítica, critica o máximo possível as condições sociopolíticas e econômicas, focando não a análise da realidade, mas a crítica em primeiro lugar. Essa proposta foi barrada pelo Papa São Pio X, através de condenações formais e Encíclicas que buscavam mostrar os erros dessa teoria. Em 1968 o pastor brasileiro presbiteriano Rubem Alves foi para os Estados Unidos, onde no Seminário Teológico de Princeton (da igreja Presbiteriana), escreveu sua tese de doutorado: “Por Uma Teologia da libertação”. Depois, escreveu a obra: Teologia da Esperança Humana. Na década de 70, um ex-teólogo “católico” Hugo Assmann publicou em 1971 sua obra: Opresión-liberación: desafío a los cristianos, em Montevidéu, Uruguai. A partir dessas obras e de outras teses, em 1971, o padre peruano Gustavo Gutiérrez escreveu o livro Teologia de La Liberación: Perspectivas. Alguns dos defensores da teologia da libertação defendem que a fé cristã deve servir como instrumento de ação política, deixando de lado práticas religiosas e metafísicas.


Os Perigos da Teologia da Libertação


A Teologia da libertação tem uma união com o marxismo e comunismo, como cita o Frei Betto, frade dominicano, que é um dos principais expoentes da teologia da libertação no Brasil: "O marxismo, ao analisar as contradições e insuficiências do capitalismo, nos abre uma porta de esperança a uma sociedade que os católicos, na celebração eucarística, caracterizam como o mundo em que todos haverão de 'partilhar os bens da Terra e os frutos do trabalho humano'. A isso Marx chamou de socialismo". Como nós sabemos, o Marxismo, o Comunismo e o Socialismo foram condenados pela Igreja Católica, como está escrito no Catecismo da Igreja: “A Igreja rejeitou as ideologias totalitárias e ateias, associadas, nos tempos modernos, ao «comunismo» ou ao «socialismo». Por outro lado, recusou, na prática do «capitalismo», o individualismo e o primado absoluto da lei do mercado sobre o trabalho humano (167). Regular a economia só pela planificação centralizada perverte a base dos laços sociais: regulá-la só pela lei do mercado é faltar à justiça social, «porque há numerosas necessidades humanas que não podem ser satisfeitas pelo mercado» (168). É necessário preconizar uma regulação racional do mercado e das iniciativas econômicas, segundo uma justa hierarquia dos valores e tendo em vista o bem comum.” Em 1846, o Papa Pio IX promulgou a encíclica “Qui Pluribus”, sobre fé e religião, na qual já combatia vigorosamente as ideias de Marx, que em 1848 publicaria O Manifesto Comunista. Pio IX ali se referia à “nefanda doutrina do comunismo, contrária ao direito natural, que, uma vez admitida, lança por terra os direitos de todos, a propriedade e até mesmo a sociedade humana”. Ele advertia contra “as mais perversas criações de homens que, trajados por fora com peles de ovelha, por dentro não passam de lobos rapaces”. O Bispo Fulton Sheen alerta sobre a união entre o comunismo e o cristianismo: “O comunismo pretende estabelecer o impossível: uma irmandade entre os homens prescindindo da paternidade divina”. Alguns tentaram misturar o marxismo com o cristianismo, numa falsa teologia da libertação. “Seria ilusório e perigoso o esquecimento do íntimo vínculo que os une de forma radical, aceitar os elementos da análise marxista sem reconhecer suas relações com a ideologia, entrar na prática da luta de classes e de sua interpretação marxista deixando de perceber o tipo de sociedade totalitária que conduz esse processo". Além do perigo comunista; o outro perigo da Teologia da Libertação: é retirar Deus do centro, e colocar o homem: “O homem passa a ser o salvador do próprio homem, anula-se a Redenção que Cristo conquistou com sua Cruz. Aqui está o grande perigo de uma TL de fundo marxista. Toda espiritualidade católica cai por terra e perdem a sua importância os sacramentos, mandamentos etc.” A Teologia da libertação, possui influências do antropocentrismo, como afirmou o Papa Bento XVI: “O homem passa a ser o salvador do próprio homem”. O antropocentrismo ensina que o ‘homem’, no caso para a TL, o ‘pobre’, estar no centro do mundo, tirando o lugar de Deus.


A Teologia da Libertação foi condenada pela Igreja


A Santa Sé condenou os aspectos marxistas da teologia da libertação. Em 1984, o Papa João Paulo II assinou o documento Libertatis Nuntius, dizendo: “Essa concepção totalizante (de Marx) impõe sua lógica e leva ‘as teologias da libertação’ a aceitar um conjunto de posições incompatíveis com a visão cristã do homem… A nova hermenêutica, inserida nas ‘teologias da libertação’ conduz a uma releitura essencialmente política da Escritura… A luta de classes como caminho para uma sociedade sem classes é um mito que impede as reformas e agrava a miséria e as injustiças. Aqueles que se deixam fascinar por este mito deveriam refletir sobre as experiências históricas amargas às quais ele conduziu…” Em 1986, a Congregação Para a Doutrina da Fé emitiu outro documento para avaliar a teologia da libertação, condenando novamente certos elementos dessa corrente teológica. O documento Libertatis Conscientia afirmou: "Quer se trate da conquista da natureza, da vida social e política ou do domínio do homem sobre ele mesmo, em plano individual e coletivo, todos podem constatar que não somente os progressos realizados estão longe de corresponder às ambições iniciais, mas também que novas ameaças, novas servidões e novos terrores surgiram, à medida em que se ampliava o movimento moderno de libertação. É um sinal de que graves ambiguidades acerca do sentido mesmo da liberdade, já desde a sua origem, corroíam por dentro esse movimento". O Papa Bento XVI também condenou a Teologia da libertação: “A TL substituiu a palavra “salvação” por “libertação”, aplicada em cunho político. Propõe resolver o problema da injustiça social, especialmente na América Latina, pela “mudança radical das estruturas do mundo”, que são estruturas de pecado e do mal. Não é pela conversão pessoal, mas somente mediante a luta contra as estruturas injustas. E esta luta “precisa ser uma luta política”, pois as estruturas se mantêm e se consolidam por meio da política”. Em 2017, em entrevista para o jornal El País, o Papa Francisco explicou sua visão sobre a teologia da libertação: "A teologia da libertação foi uma coisa positiva na América Latina. Foi condenada pelo Vaticano a parte que optou pela análise marxista da realidade. O Cardeal (Joseph) Ratzinger escreveu duas instruções quando era Prefeito do Dicastério da Doutrina da Fé. Uma muito clara sobre a análise marxista e a outra olhando para os aspectos positivos. A teologia da libertação teve aspectos positivos e desvios, especialmente na análise marxista da realidade”. Esse “ponto positivo” que o Papa Francisco disse, seria a parte de ajudar as pessoas carentes, porém, como o próprio Santo Padre afirma, tem seus desvios: com o único objetivo de ajudar os pobres, e esquecer completamente da salvação das almas; e o desvio da união com o marxismo. No entanto, a Igreja sempre ajudou pessoas necessitadas, mas não aderiu ao comunismo e ao marxismo; vemos os exemplos de Santa Irmã Dulce e Santa Madre Teresa de Calcutá, que praticavam a caridade, mas, em primeiro lugar elas buscavam sua salvação e ao do próximo! E também, elas não aderiram ao marxismo e a Teologia da libertação.


A Verdadeira Libertação


O Magistério da Igreja fala sobre a verdadeira libertação, segundo o Papa Paulo VI: “Como núcleo e centro da sua Boa Nova, Cristo anuncia a salvação, esse grande dom de Deus que é libertação de tudo aquilo que oprime o homem, e que é libertação sobretudo do pecado e do maligno, na alegria de conhecer a Deus e de ser por ele conhecido, de o ver e de se entregar a Ele. Tudo isto começa durante a vida do mesmo Cristo e é definitivamente alcançado pela sua morte e ressurreição; mas deve ser prosseguido, pacientemente, no decorrer da história, para vir a ser plenamente realizado no dia da última vinda de Cristo, que ninguém, a não ser o Pai, sabe quando se verificará”. A Teologia da libertação é sim uma heresia, que foi bastante condenada pela Igreja; onde só pensa em ajudar os pobres, do que pensar na salvação deles e de todos, excluído Deus do centro. Como está escrito no Evangelho: “Tomando Maria uma libra de bálsamo de nardo puro, de grande preço, ungiu os pés de Jesus e enxugou-os com seus cabelos. A casa encheu-se do perfume do bálsamo. Mas Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, aquele que o havia de trair, disse: “Por que não se vendeu este bálsamo por trezentos denários e não se deu aos pobres?” Jesus disse: “Deixai-a; ela guardou este perfume para o dia da minha sepultura. Pois sempre tereis convosco os pobres, mas a mim nem sempre me tereis.” (Jo: 12, 3-8). Podemos sim, ajudar os pobres fisicamente e espiritualmente, como vários Santos fizeram, mas primeiro, buscar a santidade.








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Céu Turquesa
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