Renovação Carismática Católica

letiticalimade
24 de mai.
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Atualizado: há 2 dias

A Renovação Carismática Católica (RCC) é um movimento católico que se baseia na experiência pessoal com Deus. A identidade da RCC é o Batismo no Espírito Santo, ponto de partida da vida carismática; a prática dos carismas, que pode ser vivenciada na oração pessoal, na oração comunitária e na vida cotidiana; e a vivência fraterna.

Antes da Renovação Carismática Católica

Em 1º de janeiro de 1901, quando o Papa Leão XIII pronunciou o Veni Creator Spiritus e consagrou o Século XX ao Divino Espírito Santo. A ação é considerada uma resposta aos apelos da fundadora da Congregação das Oblatas do Espírito Santo, a Santa Elena Guerra, que por volta de 1886 começou a escrever cartas ao Pontífice, pedindo uma maior devoção à Terceira Pessoa da Santíssima Trindade. Em 1958, antes do Concílio Vaticano II ser convocado, o Papa João XXIII reza: “Renova em nossa época os prodígios, como em um novo Pentecostes!”

Origem da Renovação Carismática Católica

Em 1967, após a leitura do Livro “A Cruz e o Punhal”, um grupo de jovens da Universidade Duquesne, em Pittsburgh na Pensilvânia, Estados Unidos, realiza um fim de semana de estudos, sobre o Livro dos Atos dos Apóstolos, nos dias 17 a 19 de fevereiro. Foi o retiro em que pela primeira vez, de forma registrada, leigos católicos relatam a experiência do Batismo no Espírito Santo. Patti Gallagher Mansfield, David Mangan, Ralph Martin e Steve Clark e outros jovens estudantes testemunharam o derramamento de uma graça sobrenatural, apontando Romanos 5, 5 como explicação do que vivenciaram: “O amor de Deus foi derramado em nossos corações, pelo Espírito Santo que nos foi dado”. A RCC foi acolhida pela Igreja e nunca foi condenada! O Papa Paulo VI descreveu a RCC como “uma boa oportunidade para a Igreja e para o mundo”. São João Paulo II, em sua mensagem à RCC, por ocasião do Jubileu do Ano 2000, retomou a fala de Paulo VI e completou: “Neste florescimento, ela reconhece a obra do Espírito Santo, que jamais deixa faltar à Igreja as graças necessárias para enfrentar situações novas e às vezes difíceis”. No Brasil, os primeiros encontros carismáticos datam de 1969. Atualmente, são mais de 15 mil Grupos de Oração em todo o país. Com este número, estima-se que mais de meio milhão de pessoas participem das reuniões de oração da RCC, semanalmente.

Dúvidas sobre a RCC:

O que é um Grupo de Oração?

O Grupo de Oração da RCC é uma comunidade carismática presente numa diocese, paróquia, capela, colégio, universidade, presídio, empresa, fazenda, condomínio, residência, etc., que cultiva a oração, a partilha, e todos os outros aspectos da vivência do Evangelho, a partir da experiência do batismo no Espírito Santo. Tem na reunião de oração sua expressão principal de evangelização querigmática e que, conforme sua especificidade e mantendo sua identidade, se insere no conjunto de comunhão, participação, obediência e serviço.

O que são os carismas do Espírito Santo?

Os carismas do Espírito Santo são dons especiais concedidos pelo Espírito Santo aos fiéis para a edificação da Igreja e para a evangelização. Eles são citados nas Escrituras Sagradas, especialmente nos ensinamentos de São Paulo, e incluem dons como a profecia, línguas, cura, discernimento, sabedoria, conhecimento, entre outros (I Cor: 12, 9-10).

O que é o Batismo no Espírito Santo?

O Batismo no Espírito Santo, não é um novo Sacramento, mas é uma experiência que renova e transforma a vida dos homens e das mulheres que se abrem a essa graça. É uma experiência profunda com o amor de Deus derramado no coração humano pelo Espírito Santo, e recebido através da submissão ao senhorio de Jesus Cristo. “Desejo que compartilhem com todos da Igreja a graça do Batismo no Espírito Santo” (Papa Francisco). O Batismo no Espírito Santo pode ser chamado também de Efusão do Espírito Santo e Derramamento do Espírito Santo.

O que é a Oração em Línguas?

A oração em línguas é um dom do Espírito Santo (1 Cor 12,10). São Paulo faz várias citações sobre esse carisma e sua importância para quem o põe em prática. Vemos o Apóstolo delongar-se na instrução aos Coríntios sobre o uso do dom das línguas e na correção aos exageros que por vezes ocorriam; podemos perceber que esse era um dom usado com muita frequência, um dom muito comum para eles e assim o foi, nos primórdios, para a Igreja. Aquele que ora em línguas não diz coisas que a inteligência humana seja capaz de compreender; a sua oração brota do seu coração, do seu espírito, rumo ao coração de Deus; ninguém o compreende, nem mesmo ele próprio, porque diz coisas misteriosas sob a ação do Espírito Santo.

A RCC nasceu por influência protestante?

Se a RCC nasceu por influência protestante, nós não temos certeza! Pois, no site oficial da RCC não cita essa questão; mas mesmo assim, a RCC não seguiu a linha protestante, muito pelo contrário, ela segue a Igreja Católica e estar em Comunhão com o Papa, e fez com que muitos que estavam afastados da Igreja Católica, voltassem! Influenciado os fiéis irem para Missa, rezarem o terço, lerem a Bíblia, estudarem a Doutrina da Igreja, etc. Nos Grupos de Oração, por exemplo, você não ver a bagunça pentecostal protestante.

A RCC é sentimentalista?

"As reuniões de oração sejam marcadas pela piedade, pela fraternidade, pela acolhida calorosa, mas também pelo equilíbrio emocional que deve se manifestar pela moderação nos horários, nos cantos, no som (no volume de instrumentos e microfones) e na tonalidade das reflexões feitas pelos animadores. Estes evitarão explorar a emotividade do grupo por impactos artificiais e violentos, por um sentimentalismo exagerado no falar, rezar, cantar e gesticular (cf. OPRCC, 49)." A Renovação Carismática não é sentimentalista como muitos pensam, se ela foi no começo, a RCC evoluiu nesta questão recebendo as orientações eclesiais. Além disso, é normal um fiel chorar e se emocionar nas Missas, nos Grupos de Oração, no Retiro... "Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados!" (Mt: 5,4). Mas, muitos fiéis que não fazem parte da RCC, ou, não frequentam Grupo de Oração podem ter uma fé sentimentalista; é algo que todos nós precisamos ter cuidado e atenção.